
Curiosidades da semana: Albania tem o primeiro político não humano — uma IA para decidir licitações e evitar corrupção.¹ Após ter as redes sociais bloqueadas, Nepal escolhe nova liderança através do Discord. ²
Dados: Confiança em IA para compra // TV fechada cresce mais que social
Novidades: Parceria Netflix e Amazon, novos anúncios no Meta Ads e +
Big Idea: Elasticidade de Mídia: como usar AED, GRP e TRP para otimizar o investimento em mídia.
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DADOS.
◯ Falta confiança na IA para compras
Nesta semana, a Gartner divulgou uma pesquisa sobre o uso de IA na jornada de compra.
O principal achado é claro: os buscadores continuam sendo a fonte com o dobro de confiança e relevância em comparação às soluções de IA.
Mesmo sendo um estudo focado nos EUA, os resultados se conectam com o comportamento que vemos no Brasil. Por aqui, os consumidores já incorporam a IA ao processo de compra — mas, na prática, o uso se concentra em substituir sites de comparação de preços, não em conduzir toda a jornada.
Como usar: Estar presente nos chats de IA é importante, mas não é urgente.

O mundo todo tem direcionado mais verba para as mídias sociais. Mas, no Brasil, quem roubou a cena neste ano foi a TV por assinatura, que registrou o maior crescimento em investimentos.
Os dados são da nova edição do CENP-Meios, que consolida o volume de mídia comprado por agências no primeiro semestre.
Nos últimos cinco anos, o investimento em mídia mais que dobrou (+108%). Para 2025, a expectativa era de ver as redes sociais despontarem — mas alguns canais “inesperados” acabaram chamando mais atenção.
Outro destaque é o movimento das revistas: mesmo sendo um canal que, em teoria, entrega um ROI consistente, seguem em trajetória de queda.
Como usar: Já faz anúncios em televisão por assinatura e cinema? Estes canais estão ganhando bastante destaque.
NOVIDADES.
→ Youtube libera dublagem automática para mais contas.
→ Agora é possível comprar anúncios da Netflix através da Amazon DSP
→ Meta ads anuncia três novidades: novos formatos de anúncios no Threads, opção de aparecer na sequência de reels virais, opção de otimizar o lance para visita na Landing Page.
→ Meta irá lançar API do creators marketplace — plataformas de influencers deverão ser cada vez mais comuns.
→ Nova parceria entre Google e Criteo permite comprar inventário de Retail Media pelo Google360.
→ Otimização por IA do Google Ads agora está disponível para todos, junto com outras melhorias.
→ Google Ads lança recurso de acelerar gasto de verba em datas promocionais.
→ Anúncios do Pinterest agora tem a opção “Encontre onde comprar”
CHARGE.

BIG IDEIA.

Elasticidade de Mídia
Agora que o marketing digital está mais maduro e cada vez mais inserido na era do marketing science, alguns conceitos econométricos estão voltando a ganhar relevância. Isso porque começamos a ter novos dados sobre o que de fato funciona em marketing. Por isso, tenho revisitado alguns conceitos clássicos com um novo olhar.
Na semana passada estava dando uma entrevista no podcast do Rafael Kiso, e comentamos sobre um conceito “antigo”, o Gross Rating Points — que me inspirou a escrever este artigo e investigar a pergunta desta semana:
Quanto eu aumento minha verba de mídia, para otimizar meu resultado?
Já falamos um pouco disso por aqui, com o conceito de ESOV (Excess Share of Voice), que ajuda a definir a verba de mídia a partir da concorrência e da fatia de mercado que se deseja conquistar.
Mas, na prática, a maioria das empresas vai aumentando a verba conforme vê resultado. E aí surge a dúvida: qual resultado esperar?
Elasticidade da Publicidade (AED)
Aqui entra o primeiro conceito conceito-chave de hoje: Advertising Elasticity of Demand (AED). Em resumo, ele responde:
A cada 1% que eu aumento na verba de mídia, quanto deve retornar em vendas?
A resposta depende do setor, do ciclo de vida da marca e até do tamanho da empresa. Ainda assim, há benchmarks úteis:
Média geral: 0,12 → a cada +1% em mídia → +0,12% em vendas.
Médias por Segmento

Bens de consumo não duráveis: ~0,10
Bens duráveis (auto, eletro): ~0,15
Tecnologia / inovação: ~0,15
Serviços (telecom, finanças): ~0,10
Entretenimento (filmes, jogos): ~0,30
Variáveis que Alteram a Elasticidade
Estágio inicial do ciclo de vida: +40% a +100%
Alta concorrência / clutter: aprox. –50% (mercados saturados)
Tamanho da marca: –20% a –40% (grandes são menos responsivas)
Observações Importantes
Os números acima vêm de pesquisas clássicas — algumas já com mais de uma década. Ainda assim, continuam úteis como balizadores de expectativa, já que a elasticidade da publicidade (AED) se mostrou relativamente constante ao longo do tempo.
Vale lembrar um ponto que já vimos com o Adstock: metade dos resultados da publicidade só aparece no longo prazo. O AED confirma essa lógica — os valores apresentados refletem o efeito de curto prazo, mas, quando medidos no longo prazo, eles praticamente dobram.
Na prática, uso o AED menos como um gatilho para parar ou continuar investindo em uma campanha, e mais como uma referência realista para calibrar expectativas sobre o retorno de mídia.
Quando Parar de Investir? O GRP/TRP
Esse é um conceito herdado da mídia tradicional, mas muitos profissionais, incluindo eu, defendem sua utilização no digital. O TRP — Target Rating Point, mede a relação entre alcance e frequência da sua campanha no público alvo:
Se você atingiu 100% do público-alvo 1x, tem 100 TRPs.
Se atingiu 100% do público-alvo 2x, tem 200 TRPs.
Minha regra de bolso: quando vejo uma campanha funcionando, busco levá-la até pelo menos 300 TRPs.
Por dois motivos:
Lógico: se está funcionando, quero que todo meu público-alvo seja impactado ao menos 3 vezes antes de mudar o foco para outras campanhas.
Menos intuitivo: quanto maior o TRP, melhor tende a ser o ROI de curto prazo, já que aumenta a chance de impactar consumidores no momento da decisão de compra.
Quanto melhor a cobertura de mídia, melhor o ROI
Ou seja: a elasticidade da publicidade mostra que, quanto mais investimos em um canal, menor tende a ser o ROI marginal — é o efeito dos diminishing returns. Por outro lado, quando olhamos menos para o percentual de retorno e mais para a cobertura total de TRPs, garantindo que todo o público-alvo seja impactado pela campanha, conseguimos manter o ROI em um ponto ótimo.
Obs: Diferença Gross Rating Points x TRP: o GRP mede impactos no total da população, enquanto o TRP foca só no público-alvo. No digital, faz mais sentido falar em TRP, já que podemos segmentar exatamente quem queremos impactar.
Bônus #M15

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BIBLIOGRAFIA DESTE ARTIGO
Assmus, G.; Farley, J. U.; Lehmann, D. R. (1984). How advertising works: what do we really know? Journal of Marketing.
Schöndeling, A.; Geiss, S.; Grund, T. (2022). Marvelous advertising returns? A meta-analysis of advertising elasticities in the entertainment industry. JAMS.
Sethuraman, R.; Tellis, G. J.; Briesch, R. (2011). How well does advertising work? Generalizations from a meta-analysis of brand advertising elasticities. JMR.
Comscore. (s.d.). GRPs for Digital Marketers.
IAB Brasil. (s.d.). O uso do GRP e TRP para planejar alcance e atingir pessoas no online e offline.
Nielsen. (2022). How audience-based reach metrics in-flight can boost ROI.
SUA VEZ.
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