Adstock: curto vs longo prazo

Quanto dura uma campanha + notícias da semana

Curiosidade da semana: TikTok fecha as portas no Canada após ser acusado de espionagem¹.

Dados: Black Friday segundo o Google // Assinaturas no Brasil
Novidades: Spotify agora é rede social + notícias da semana
Big Idea: AdStock e ROI de longo prazo: como avaliar resultados de campanha.

DADOS.

Black Friday segundo o Google.

Nesta semana, surgiram duas novas pesquisas sobre a Black Friday 2025¹ ². Continua se consolidando uma divisão cada vez mais clara: os consumidores já sabem que querem comprar, conhecem as lojas onde pretendem comprar e se preparam para conseguir os melhores preços na data. Principalmente para bens duráveis de baixo valor.

Segundo a pesquisa do Google:
🔷 89% dos brasileiros conhecem a Black Friday
🔷 61% pretendem comprar algo na data (mesma intenção do ano passado)
🔷 54% economizam especificamente para essa ocasião
🔷 48% já têm uma lista pronta do que comprar
🔷 39% planejam gastar mais do que no ano passado
🔷 O gasto médio pretendido é de até R$600

Como usar: Na maioria dos casos, vale a pena fazer Black Friday para consumidores atuais e apenas em algumas categorias.

Clubes de Assinatura

Já teve a impressão que toda marca já tentou, ou pelo menos pensou em lançar um serviço de assinatura?. A Pesquisa de Assinaturas 2025 trouxe alguns dados sobre o comportamento dos consumidores brasileiros adeptos desse modelo:

🔷 A maioria (77%) assina entre 1 e 4 serviços
🔷 Quase um terço (31%) também assina produtos físicos
🔷 83% gastam no máximo R$ 200 com assinaturas
🔷 Para a maioria, o volume de gastos está igual ao do ano passado (47%) e deve se manter estável (57%)
🔷 Nos próximos cinco anos, quase metade (48%) pretende gastar mais

E, falando em Black Friday, 63% já compraram ou consideraram comprar um pacote de assinatura durante a data.

Como usar: O orçamento destinado para assinturas é baixo e concorrido. Antes de lançar um programa de assinaturas, vale uma análise mais detalhada do consumidor.

NOVIDADES.

Spotify começa a virar uma rede social, agora com mensagem entre os usuários. (Antigos lembração do MySpace)

LinkedIn adicionou 70 novos creators credenciados em sua plataforma de anúncios— movimento ainda não chegou ao Brasil.

→ Botão da viralização do Youtube, o Hype, já está disponível globalmente.

→ Editor de video por IA do google, o Google Vids, está disponível para mais usuários.

→ Gerador de imagens da Adobe, agora inclui o novo “nano bananas” do Google.

CHARGE.

BIG IDEIA.

“Mas eu parei a campanha e ainda está dando resultado…”

Se você trabalha com marketing, tenho quase certeza de que já ouviu essa frase em algum momento. Quem decidiu parar a campanha achou que estava economizando — só para voltar a investir pouco tempo depois.

Se esse cenário te parece familiar, é porque o decisor provavelmente não conhece o conceito de Adstock. O princípio é simples: quando você faz um anúncio na TV, por exemplo, algumas pessoas compram na mesma semana, outras nas semanas seguintes e outras podem comprar anos depois, mas ainda como efeito daquele anúncio.

Na década de 1970, o pesquisador e executivo de agência Broadbent ¹ começou a mapear e classificar esse efeito de “carry-on” e deu a ele o nome de Adstock — um efeito residual das campanhas que, até hoje, é usado em modelos econométricos.

Quando eu vou colher os efeitos dos anúncios?

Eu não conheço nenhuma pesquisa aberta específica para o Brasil ², mas o Reino Unido é bastante avançado nesse tipo de análise. Para quem não tem uma base de dados robusta nem um modelo de MMM próprio, dá para usar os dados de lá ³ como referência.

Uma parte considerável do resultado acontece na primeira semana (24%), em três meses você já colheu quase metade (42%), e a maior parte do impacto vem em até 02 anos. Claro que essa é uma generalização: para cada vertical, canal e região, os dados variam. Mas essa “rule of thumb” já é bem útil.

Preciso de resultado para hoje. Quais são os canais que dão resultado mais rápido?

Vamos ao que interessa: Mídia Impressa, áudio, busca paga e mídias sociais são os canais que costumam entregar retorno mais rápido. É por isso que vemos tantas marcas direcionando grande parte dos investimentos para esses meios — eles oferecem resposta quase imediata, algo valioso em contextos de alta pressão por performance.

Por outro lado, quando pensamos em resultados consistentes no médio e longo prazo, canais como Mídia Impressa, TV, streaming e atvoltam a se destacar. É o dilema clássico do marketing: quem tem fôlego e pode esperar mais tempo para colher os frutos, tende a capturar retornos maiores.

Comentário extra: Surpreendem estes dados recentes que colocam a mídia impressa no topo do retorno no Reino Unido. O problema é que, apesar da alta efetividade, ela não é escalável: funciona bem em nichos com audiência fiel, mas é limitada. Vale lembrar que as mídias tradicionais foram as que mais cresceram também no Brasil.

Precisamos mostrar resultados imediatos, mas também no curto e longo prazo.

Nós, profissionais de marketing, vivemos repetindo que marketing não é só curto prazo. Mas, na hora de apresentar resultados, quase sempre mostramos apenas o ROAS imediato. Está na hora de mudar isso.

Hoje, trouxe aqui duas formas de fazer essa mudança: a primeira é o Adstock, o efeito residual dos anúncios — o “rabo fantasma”. A segunda é o conceito de ROI prolongado.

Bônus #M15

E claro que fizemos uma calculadora de Adstock e ROI prolongado para você simular os resultados de curto e longo prazo dos seus investimentos em mídia.

SUA VEZ.

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