Curiosidade da semana: mais de 1/3 dos britânicos gostaria de separar suas memórias do trabalho e vida pessoal, como em Severance. [1]

O que você vai ver na edição de hoje?

  • Piscou, Mudou:

    1/ Marcas brasileiras voltam a investir em mídia tradicional, mas social ainda deve crescer.

    2/ Só 19% das marcas usam IA em mídia. Agências estão à frente.

  • BIG IDEAS #M15: Você já ouviu falar de UGC, mas sabe o que é FGC, FGUC, ALN e SCRM? Investiguei os tipos de conteúdo sociais e seus efeitos no resultado das marcas.

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PARCEIRO #M15 EM DESTAQUE:

Você sabia que iFood, Seara, Mercado Livre, Rexona, MRV, Claro e outras grandes marcas monitoram o impacto de suas ações no BBB usando o “Stilingue by Blip”? Na semana que vem, teremos o primeiro Peer Group com os “Marketing Voices M15” para debater como as empresas podem utilizar social listening em suas estratégias de marca. O resultado será divulgado em um report exclusivo.

PISCOU, MUDOU.

Notícias que você não pode perder.

1/ Marcas brasileiras voltam a investir em mídia tradicional, mas social ainda deve crescer.

Saiu o CENP-Meios com os dados de investimento em mídia de 2024 no Brasil. Dois pontos chamam atenção:

  • As mídias tradicionais — TV paga, OOH e revista — tiveram o maior crescimento. Reflexo do movimento Phygital e da maturação do digital.

  • Social ainda recebe em média apenas 9,5%¹ do total. Enquanto isso, gigantes como Unilever² já alocam até 50% da verba para esse canal. Nos EUA, metade do investimento em mídia vai para plataformas de video.³

Meio

% do Total¹

Variação - 2023¹

TV Paga

5,79%

↑ 30,57%

OOH/Mídia Exterior

11,84%

↑ 22,71%

Revista

0,00%

↑ 17,31%

Internet

39,77%

↑ 16,70%

Rádio

3,98%

↑ 7,27%

Cinema

0,27%

↑ 4,11%

Televisão Aberta

36,56%

↑ 3,63%

Jornal

1,39%

↓ -0,35%

Total

100%

↑ 12,17%

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O plano de mídia precisa acompanhar o comportamento real das pessoas, que têm jornadas fragmentadas entre diversos apps, sites, TVs conectadas e também consumo de mídia "off", como outdoors, rádio, TV aberta, entre outros. O crescimento da mídia tradicional no Brasil em 2024 é um reflexo claro do movimento phygital — algo que já considero realidade e não tendência. A evolução nos mecanismos de mensuração de resultados da mídia off, como o uso da geolocalização ou modelos de atribuição híbridos, também jogam à favor para que esses canais voltem a ser relevante dentro do mix de investimentos.

Como usar esta notícia: Analise a sua porcentagem de alocação em mídia. Considere se faz sentido aumentar o investimento em Social. Verifique se em 2024 você aumentou em pelo menos 12% sua verba de mídia.

2/ Só 19% das marcas usam IA em mídia. Agências estão à frente.

Você provavelmente já usa IA na criação. Mas será que seu processo aproveita a IA para as mídias? Uma nova pesquisa da IAB global mostrou que menos de 20% das marcas já têm um processo estruturado para isso, mas 82% pretendem fazê-lo até 2027.

A prioridade máxima das lideranças de marketing agora é implementar um roadmap de IA (49%) e criar políticas claras (49%). Os principais casos de uso de IA para mídia, são:

Caso de Uso de IA

Agências

Marcas

Identificar/segmentar audiências

51%

36%

Ajustes preditivos em tempo real

36%

34%

Coleta/integração de dados automatizados

37%

27%

Rastrear e otimizar entrega/conversões

34%

28%

Gerar personas de audiência com dados sintéticos

36%

26%

Otimizar campanhas em canais

38%

23%

Otimizar táticas de segmentação

35%

22%

Rastrear e analisar ações do público após exposição

34%

23%

Determinar mix/ritmo de mídia

32%

25%

Analisar dados de desempenho em relação a metas

37%

18%

Como usar esta notícia: Se você ainda não usa IA para mídia, programe um Roadmap de implementação começando pela estrutura, por exemplo, prompts e agentes treinados no brand voice da sua marca. Caso precise de ajuda, responda a este e-mail para começarmos uma conversa.

GIRO #M15.

Nota: para ir direto a estas notícias, é só clicar em cima!

Charge da Semana.

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BIG IDEA #M15

A sopa de letrinhas do Social Content.

Reflita comigo: conteúdo para mídias sociais ainda significa produzir posts? Se sua resposta foi sim, talvez sua marca não esteja aproveitando todo o potencial dessas plataformas. Investiguei seis tipos de conteúdo: FGC, UGC, FUGC, IGC, SCRM e ALN. Se essas siglas são novas para você, vem comigo.

[FGC] Firm-Generated-Content

Este é o conteúdo mais tradicional, onde as marcas criam conteúdos para suas próprias páginas. Apesar dos debates acadêmicos se ainda faz sentido ou não, a maioria dos estudos aponta que sim. Um estudo² comparou semanas com e sem postagens. Nos dias com postagens, os resultados foram positivos:

  • Gastos dos clientes: +18%

  • Compras cruzadas por cliente: +21%

  • Lucro por cliente: +23%

No entanto, vale destacar que, no estudo, os resultados com este tipo de conteúdo foram menores do que com anúncios em TV e Email.

[UGC] User Generated Content

Também chamado de "EWOM" (Electronic Word of Mouth), o UGC envolve conteúdos gerados pelos usuários, como opiniões sobre o produto ou provas de consumo, como fotos.

Um estudo⁶ mostrou que as provas de consumo são quase 2x mais eficientes do que as opiniões (coeficiente de 0,15 vs 0,32).

Esse tipo de conteúdo pode aumentar o Brand Awareness para produtos com decisões de compra mais complexas, como smartphones. Porém, seu impacto é maior para produtos de consumo rápido⁴.

[FGUC] Firm User Generated Content

O FGUC ocorre quando as marcas criam conteúdo pré-pronto para os usuários compartilharem. Isso pode incluir textos sugeridos ou campanhas preparadas pela marca, como a campanha das pessoas nas caixas da Barbie. O uso de FGUC aumenta em 5x as chances de compartilhamento⁷.

[IGC] Influencer Generated Content

Diferente dos conteúdos UGC e FGC, que não aumentam diretamente a intenção de compra³, o conteúdo gerado por influenciadores tem um impacto significativo. Ele pode aumentar a intenção de compra (coeficiente de 0,53)⁸.

[SCRM] Social Customer Relationship Management

O Social CRM⁹ envolve a interação das empresas com os clientes nas redes sociais, o que pode ser feito até por comentários. Um estudo¹⁰ mostrou que um dos maiores valores percebidos pelos clientes é a capacidade da marca de gerar interação. Portanto, esse tipo de atividade pode ser extremamente importante para fortalecer o relacionamento com o público.

[ALN] Automated Lead Nurturing

O ALN envolve comunicações 1:1 automatizadas após o primeiro contato do cliente, como as réguas de CRM. Um estudo recente mostrou que ele pode aumentar a chance de conversão em até 23%¹¹.

Cada tipo de conteúdo nas mídias sociais tem um impacto único. Usar essas abordagens de forma integrada é fundamental para obter melhores resultados.

Mas, de verdade, para que servem os conteúdos em redes sociais?

Não é para ganhar seguidores. As mídias sociais já são o principal canal de descoberta de produtos para 70% das pessoas¹. Ainda assim, apenas 1% a 7,5% dos clientes de uma marca a seguem². Além disso, só 30% do tempo de feed é gasto com páginas seguidas³. Ou seja, seguidores são praticamente uma métrica de vaidade.

Não é para convencer a comprar. Um estudo⁴ mostrou que conteúdos em mídias sociais não aumentam diretamente a intenção de compra. Ou seja, fazer pitch de vendas por lá não funciona. Por outro lado, eles aumentam o afeto pela marca⁴. E o afeto, esse sim, leva à consideração de compra.

Para que serve então os conteúdos em redes sociais? Ou seja, mais uma vez, as mídias sociais devem ser usadas para criar um senso de identidade e pertencimento com o consumidor.

Este gráfico⁵ , mostra que para marcas estabelecidas fazer conteúdos aprofundados sobre seus produtos dá mais resultado. Enquanto para marcas entrantes, conteúdos mais gerais também podem ser interessantes.

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Marketing 15 Minutos

Você piscou, o marketing mudou.

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