Curiosidade da semana: 10% do faturamento de anúncios da Meta são de golpes.¹

DESTAQUE #M15

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Mesmo que você seja do tipo Zen, desapegado e mais focado em propósito do que em dinheiro, é impossível negar: em algum momento, essa comparação já passou pela sua cabeça.

O novo Guia Salarial do Mundo do Marketing traz um bom retrato das lideranças da área e, como sempre, os números contam mais do que uma história de remuneração. Separei a análise em três blocos rápidos:

1. Quanto evolui ($) ao sair da operação para a estratégia?
O maior salto acontece quando você deixa de ser uma liderança operacional para assumir a coordenação geral. É o ponto em que o salário praticamente dobra e, mais do que isso, onde você passa a ser cobrado também pela visão. Depois desse salto, os aumentos se tornam graduais, girando em torno de 25% por nível.

2. A cidade onde estou está influenciando meu salário?
Muito. E não apenas pelo custo de vida. Mesmo em tempos de trabalho híbrido, o CEP ainda dita o quanto sua função vale no mercado. A diferença chega a 80% entre regiões, o que mostra que o “mercado nacional” ainda é uma ficção confortável.

3. E a mais polêmica: marketing ou vendas, quem é mais valorizado?
Nos níveis operacionais, a disputa é equilibrada até parece que a empresa reconhece o papel complementar das duas áreas. Mas, à medida que subimos a pirâmide, a hierarquia se revela: no topo, diretores de vendas ganham em média 35% mais do que diretores de marketing. Não é apenas uma diferença salarial. Infelizmente, é um reflexo de quem ainda detém o poder de decisão sobre o crescimento.

Os podcasts se tornaram um fenômeno. Até a Netflix está correndo atrás deles. Mas qual é, de fato, o impacto dessa mídia na formação de opinião e no consumo? Segundo o estudo global Podcast Pulse 2025¹, os podcasters não são apenas influenciadores, são os novos líderes culturais, moldando percepções e decisões de compra com um poder que antes era exclusivo da imprensa e dos grandes influencers.

O poder no consumo:
🔷 70% das pessoas já consideraram um produto recomendado em um episódio.
🔷 67% dos ouvintes afirmam ter comprado algo motivados por um podcast.

Não se consideram influenciadores, mas influenciam:
🔷 79% dos ouvintes dizem se sentir próximos do apresentador.
🔷 84% já mudaram de opinião após ouvir um podcaster.
🔷 Os podcasters já empatam em credibilidade com jornalistas (33%).

Podcasts como forma de pesquisa
🔷 46% dos ouvintes recorrem aos podcasts para compreender um tema em profundidade.

No fundo, o podcast resgata algo raro na comunicação atual: tempo e escuta. Ele permite que as marcas deixem de falar sozinhas e passem a participar de conversas.

→ Faturamento de anúncios no Spotify caiu -6% no último ano. — única mídia digital em que isto aconteceu.

→ Instagram agora vai permitir você monitorar seus concorrentes. — pra ser sincero, tem tanta ferramenta que faz isto que nem considero uma novidade.

→ Meta volta a lançar novidades nos grupos de Facebook. — provavelmente, parte do esforço para tornar o Facebook sociável de novo. A movimentação acontece junto da primeira campanha institucional da plataforma depois de 04 anos¹.

→ Pinterest cresceu 17% de receita no ano. Crescimento no Brasil pode ter sido bem maior. — aos poucos vem conquistando o mercado publicitário.

→ Whatsapp confirma que vai lançar nomes de usuário— corra para garantir o da sua marca em junho de 2026.

→ Anúncios do Waze serão integrados ao Google Ads — medida foi anunciada nos EUA e deve ser replicada em outros países no futuro.

→ Shopify diz que compras originadas por recomendação de IA cresceram 11x no ano. — vale lembrar que o volume ainda é pequeno, se comparado a outras fontes.

“Eu não acredito em tendências.”
A Ana Couto me soltou essa bomba no ano passado, numa conversa de 30 segundos. É claro que ela estava sendo didática, as tendências são como bruxas: “Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.”

Aliás, é sempre assim: chega o final de Outubro, o dia das bruxas, e se abre um novo portal no mundo do marketing: o das tendências para o ano seguinte. É quando os relatórios saem das sombras, os gurus aparecem, e todos tentam prever o que vai “bombar” em 2026.

Mas quando a Ana Couto disse que não acreditava em tendências, ela estava fazendo um statement. Provavelmente, o que ela estava dizendo é que olhar para tendências não basta. Elas são apenas o primeiro nível de observação: o sintoma visível de algo mais profundo.

A tendência é um movimento numérico e observável: “o TikTok está crescendo, o tráfego via IA está crescendo”.

O insight é quando você entende o porquê por trás disso: “o TikTok cresce porque os usuários querem descobrir novos tópicos pelo algoritmo, e não seguir pessoas”.

E o foresight é quando você aposta no futuro a partir desses sinais: “se o TikTok é o modelo, a maioria das plataformas de mídia se tornará feed-centric nos próximos anos”.

O papel desses exercícios, e o que diferencia um líder de um seguidor, é justamente esse: preparar-se para o futuro, e não correr atrás dele.

Este ano, passei mais de 1.000 horas acompanhando o mercado.
Li pelo menos 1.500 notícias, 200 relatórios e 100 artigos acadêmicos de marketing.
E sim, vou trazer minha lista de tendências para 2026.

Mas não será “mais um post de LinkedIn”.

Será um livro impresso, com 60 tendências e insights, agrupados em 06 blocos de foresight: um mapa para quem quer pensar o marketing além do hype.

A edição será limitada a 1.000 exemplares (só aqui na newsletter somos mais de 16.000 pessoas). Se você quiser garantir o seu exemplar em casa, em janeiro de 2026, a hora de reservar é agora.