Curiosidade da semana: Oxford escolhe “rage bait” como palavra do ano. ¹

Dados: B2B na era da influência // Riscos do In-house
Novidades: Novos tipos de feed e +
Insight: Resumo e pré-lançamento do livro “CMO Insights 2026”

DADOS.

O B2B entrou na era da influência

O LinkedIn publicou um novo relatório¹ em parceria com o instituto do Byron Sharp que ajuda a entender como o B2B está entrando na numa nova era. O material funciona como um guia geral, mas o que realmente chama atenção é um Mapa de Influência dos canais.

Os dados abaixo são para segmento de software CRM nos EUA, mas parecido com o que vejo no Brasil. Um dos pontos interessantes é o perfil mais “aberto” a novos fornecedores:

🔷 Faixa de 30–39 anos;
🔷Têm entre 3 e 10 anos de experiência na empresa;
🔷 Empresas com receita entre US$ 10 e 100 milhões ao ano;

Esse perfil descreve um comprador intermediário: experiente o suficiente para influenciar, jovem o bastante para mudar. O gráfico abaixo reforça outro ponto: a relevância da atividade nas mídias sociais.

Como usar: Faça o “mapas de influência” da sua marca, e descubra os canais prioritários.


Os riscos do marketing in-house

Eu sempre defendi o marketing feito dentro de casa. Times internos conhecem o negócio, entendem nuances, sentem a cultura. Mas um novo estudo global¹ trouxe um lembrete importante: o “olhar de fora” continua sendo uma importante fonte de inovação.

🔷 Prestadores externos têm maior probabilidade de recomendar inovações.
🔷 Têm mais facilidade em automatizar tarefas e processos.
🔷 Experimentam mais e com menos medo de errar.
🔷 E se mantêm mais atualizadas com dados.

É o tipo de coisa que o in-house não vê, porque está imerso demais na operação para enxergar os desvios, as oportunidades e os movimentos de longo prazo. Marketing amadurece de dentro, mas evolui de fora.

Como usar: Busque fornecedores externos principalmente com olhar de inovação em marketing.

NOVIDADES.

OpenAI entra em “alerta vermelho” e adia projetos de publicidade — empresa terá foco máximo em lançar a versão 5.2 para competir com Gemini 3.

Threads também começa personalização do feed por prompt — mudança ocorreu após testes do YouTube. Recurso pode se tornar comum em outras redes sociais.

Google Trends lança resumo de pesquisas do ano — serve apenas como curiosidade para quem quiser lembrar as trends e acontecimentos do ano.

TikTok cria “feed de proximidade” na Europa — Recurso mostra posts que foram feitos perto de você. Parece um recurso simples, mas pode ser a porta de entrada para comunidades presenciais.

→ Parece que finalmente o Zuck viu que o Metaverso não vai pegar e diminuiu os investimentos.

→ Teste A/B de títulos e thumbnails no YouTube está disponível globalmente.

→ O maior youtuber do mundo, Mr. Beast, está criando uma plataforma para unir anunciantes e creators — reforçando a tendência que falamos por aqui no “Efeito DSP”.

→ O Google lançou sua plataforma de criação de agentes de IA, o Workspace Studio.

CHARGE.

Charge em retrospectiva: o equilíbrio entre inovação e comportamentos estruturais no marketing.

Na quinta passada, aconteceu! Fizemos o primeiro encontro de apresentação do livro CMO Insights 2026, reunindo um grupo seleto de 15 CMOs e líderes de marketing na sede da Blip. Foi a primeira vez que compartilhei, ao vivo, a síntese de tudo que pesquisei este ano.

Foi um ano especial. Vivi um sonho meu, e de tanta gente que trabalha com estratégia: passei o ano praticamente isolado numa cabana na montanha, investindo um terço do meu tempo apenas lendo. Foram, no mínimo, 1.500 notícias, 200 relatórios e 100 artigos acadêmicos para escrever o #M15 semanalmente.

Em novembro, fiz uma retrospectiva de tudo isso. Reli, reorganizei, conectei pontos. Meu objetivo era simples: identificar os movimentos que realmente importam para líderes de negócio em 2026. Daí nasceram 60 insights, cada um com duas páginas, análise de impacto e muitos dados práticos agrupados em seis blocos. A leitura perfeita para fazer rapidamente durante uma viagem. A seguir, trago uma breve introdução a cada capitulo.

1. Imediatismo: estamos mais preocupados com eficiência do que com efetividade

O primeiro e o último capítulo do livro falam de liderança. E este primeiro, para mim, é o alerta mais urgente. Não é só uma opinião minha. Les Binet, referência máxima em efetividade, reforça a mesma tese: o ROI cresceu 4% nos últimos dois anos, a lucratividade caiu 11%.

Ou seja: estamos otimizando melhor, mas entregando menos resultado real.

Isso acontece porque as métricas que orientam nossa cobrança, e a cobrança sobre nossos times, são quase todas métricas de otimização. Mensuram cliques, custos, taxas… mas deixam escapar a maior parte do impacto.

A atribuição captura 1/3 do resultado. Os outros 2/3, médio e longo prazo, quase nunca aparecem nos dashboards.

E isso tem um efeito colateral muito sério. A verba de marketing passou a ser definida pela mensuração, quando deveria ser definida pela competitividade.

2. Social-first já é o padrão. A pergunta agora é: o que vem depois?

Eu achava que era consenso. Mas bastou um post no LinkedIn para perceber que ainda tem muito líder acreditando que “rede social é só uma bolha que não afeta a marca”.

Mas os números contam outra história: dobrou o número de empresas que investem mais de 50% da verba em social. Passou de 4% para 8%. A Unilever, inclusive, foi uma das empresas que vocalizou isso publicamente.

E faz sentido. Como acreditar que redes sociais não afetam a performance, se o Brasil é o país que mais se informa por mídias sociais? Nas gerações mais novas, esse número é ainda maior.

O que nos leva ao próximo ponto: se está todo mundo focado em social agora, o que vem depois? Até hoje, o marketing é sinônimo de visibilidade em massa. Mas talvez o próximo passo seja o contrário: o marketing invisível.

Aquele que é 1:1, direto, contextual, silencioso.

Para ilustrar: só até setembro, na Blip, já haviam sido enviadas 1,4 bilhão de mensagens de campanha. São ações acontecendo nos bastidores, sem pedir atenção, apenas sendo relevantes.

E é aí que entra a falácia da economia da atenção.

3. Não precisamos disputar atenção, precisamos merecê-la

O avanço do digital criou um paradoxo. Nunca produzimos tanto conteúdo e nunca mostramos tantos anúncios. Esse excesso levou a uma crença distorcida: a de que é preciso brigar pela atenção. Gritar mais alto, interromper mais, aparecer mais vezes.

Mas a dificuldade crescente de gerar resultado não vem da suposta “escassez de atenção”.
Vem, principalmente, da inflação de mídia: investimos cada vez mais para comprar o mesmo espaço.

🔷 55% de todo o investimento digital está concentrado em Google e Meta, o que pressiona preços ano após ano.

O dado surpreendente é outro: as pessoas nunca estiveram tão abertas à publicidade.

Ou seja: atenção não é o problema. Irrelevância é.
O consumidor não rejeita anúncios, rejeita experiências desconexas, invasivas ou irrelevantes.

4. A linguagem dominante agora é a da Geração Z — e isso muda tudo

E isso nos leva para o próximo bloco. Como o Cazé, transmitindo da própria casa, bateu a Globo? Não é acaso. É cultura. A Geração Z, que ano que vem começa a fazer 30 anos, definiu a linguagem da internet.

Antes, comunicação era polida, controlada. Agora, ela precisa ter cara de bastidor, de co-criação. E nós, das gerações mais antigas, precisamos começar a aceitar isto na nossa gestão de marca.

Até o governo, que operava em modo “pronunciamento oficial”, hoje se comunica via memes. Fica fácil de entender este cenário quando vemos que essa geração cresceu jogando Minecraft e outros jogos similiares, jogos em que a comunidade cria o significado, a história e os simbolos.

5. Liderança: CMOs precisam ser agentes de inovação crítica

Voltando ao começo do livro, e do problema. Ficamos tão obcecados em otimizar, medir, ajustar, reduzir risco… que criamos uma liderança hiper-racional, hiper-data-driven, mas pouco ousada.

Estamos todos correndo mais rápido, mas na mesma pista.

E a contradição aparece nos próprios dados de expectativa sobre a função de CMO:

🔷 A maior demanda é “gerar demanda”.
🔷 Mas raramente isso vem acompanhado de “inovar”.

Todos dizem querer “visão estratégica”, mas como existir visão estratégica sem olhar para cliente, marca e inovação? O convite deste livro é direto: precisamos de uma liderança mais humana, que toma riscos, que vai além da segurança dos números.

A otimização pode manter uma marca viva. Mas só a inovação faz o negócio crescer.

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