
Curiosidades da semana: Já usou IA para encher linguiça no trabalho? Isto agora tem nome: workslop e está atrapalhando a produtividade das empresas. ¹
Dados: Anúncios mais integrados // TikTokzação do consumo
Novidades: Novos anúncios no Pinterest e nova “rede social” da Meta.
Marketing Voices: De comunidades regionais à comunidades digitais
Big Idea: Como priorizar lançamento de novidades no marketing
DESTAQUE #M15

Marketing Voices: Especial Blip id
O #M15 marcou presença no maior evento de marketing conversacional do mundo – o Blip id. Direto do nosso estúdio no evento, gravamos uma série exclusiva de 5 episódios reunindo 8 líderes de marketing de empresas como Bradesco, Cemig, Inter e Grupo Multi, para conversar sobre os principais temas de marketing da atualidade.
DADOS.
◯ Anúncios mais integrados
Aparentemente, o público geral está mais receptivo a anúncios. É o que mostra o Media Reactions 2025¹, que ouviu mais de 21 mil consumidores em 30 mercados para saber o quanto os consumidores estão receptivos a campanhas.

🔷 57% dos consumidores dizem ser positivos em relação à publicidade em 2025 – a maior taxa dos últimos anos.
🔷 A percepção de integração entre canais também melhorou: passou de 58% em 2015 para 66% em 2025.
🔷 Mas há um contraste: enquanto a receptividade do público sobe, a confiança dos profissionais de marketing em sua capacidade de integrar campanhas caiu de 89% (2017) para 64% em 2025.
Esse descompasso mostra uma diferença curiosa entre a percepção do público e dos profissionais sobre os canais de preferência para campanhas:
Ranking | Consumidores (Global) | Profissionais de Marketing (Global) |
---|---|---|
1 | Amazon | Netflix |
2 | Prime Video | YouTube |
3 | Twitch | Disney+ |
4 | Amazon Music | |
5 | Audible |
Como usar: Os canais favoritos para ver anúncios ainda são pouco explorados pelos profissionais de marketing. Use a análise de receptividade para adicionar novos canais nas campanhas integradas

◯ TikTokzação do consumo
A “adultificação” foi uma das palavras centrais no relatório Alpha Rising¹, sobre o impacto da Geração Alpha no consumo norte americano. Mas talvez um termo ainda mais certeiro seja “tiktokzação”: uma infância moldada por feeds, gamificação e fluência cultural global antes mesmo da adolescência.
🔷 39% acham a comunicação focada neles muito infantilizada;
🔷 70% dizem que ajudam a família a descobrir novas tendências ou produtos;
🔷 51% iriam mais para shoppings se encontrassem os produtos que viram no TikTok;
🔷 76% gostam de experiências gamificadas em marcas: pontos, badges, recompensas;
🔷 Celebridades são raramente mencionadas e tem o mesmo peso do que creators aleatórios que apareceram no feed.
Esses números mostram um movimento duplo: a TikTokzação (o feed como centro da descoberta e da validação social) e a Duolingozação (a expectativa de que tudo, de apps a compras, funcione em lógica de game, com streaks e recompensas).

Como usar: Se você tem produtos de consumo em família, considere a relevância desta geração. Se prepare para um futuro em que aparecer no algoritmo é mais importante que histórico.
NOVIDADES.
→ Meta lança rede social só para AI slop.
Zuck já tinha dito que não ligava se isso tomasse conta do Insta, mas foi ainda mais além, criou uma nova rede social que ninguém pediu só para conteúdo gerado por AI.
→ O Youtube não quis ficar para trás.
Lançou o Youtube Labs com experimentos e conteúdo gerado por IA.
→ Pinterest lança novos anúncios de busca e mais ferramentas de anúncios.
Pode ser um ótimo canal de mídia para produtos baseados em estética.
→ Instagram confirmou que você poderá personalizar seu algoritmo.
Head do Instagram afirmou que seguidores são cada vez mais irrelevantes.
→ LinkedIn e Microsoft Ads estão cada vez mais integrados.
Nova atualização dos termos de serviço permite trackear o que você faz além do aplicativo — o que deve fortalecer a segmentação de anúncios.
→TikTok tem novo recurso de doação para campanhas sociais.
MARKETING VOICES.
Engana-se quem acredita que os 4P's do Marketing Moderno são Post, Publi, Patrocínio e Podcast. Lucas Souto, da Cemig, e Vinicius Leal, do Inter, mostram na prática que os tradicionais 4P's nunca fizeram tanto sentido como agora. De estratégias de comunidades regionais à como capturar insights de comunidades digitais, o papo trás exemplos para inspirar e mostrar que, seja uma nativa digital ou uma empresa tradicional, o marketing pulsa pela urgência de se conectar de forma mais humana com o consumidor.
CHARGE.
BIG IDEIA.

Análise TURF: Como priorizar novidades dentro do marketing
O marketing vive sob constante pressão para fazer mais com menos e a expectativa de entregar algo novo. A tecnologia facilita a execução, mas, seja expandindo canais ou lançando novos produtos, a questão central continua a mesma: o que priorizar para maximizar resultados?
O Jeito fácil (e “errado”) de decidir o que priorizar.
Imagine que sua marca já tem sucesso no Instagram, mas surge a pressão para expandir para novas redes. Acredito que o raciocínio intuitivo da maioria dos gestores seria:
→ “O Instagram é a rede social mais usada”
→ “A segunda rede social mais usada é o TikTok e ainda não estou lá”
→ “Portanto, agora preciso expandir para o TikTok”
Você decidiria assim?
O problema é que essa lógica não considera a sobreposição de público. Talvez, grande parte de quem usa TikTok provavelmente já está no Instagram — ou seja, o alcance incremental seria mínimo.
Nesse cenário, poderia ser mais estratégico explorar canais menos óbvios, como Twitch, Reddit ou Roblox, que conectam com audiências novas e menos sobrepostas com o Instagram.
Existe um jeito, menos intuitivo, mas mais estratégico.
É aqui que entra o TURF (Total Unduplicated Reach and Frequency).
A lógica é simples: escolher a combinação de opções que maximiza o alcance sem sobrepor demais as pessoas já impactadas. Na prática, a decisão passa por duas etapas:
Qual opção é indispensável e atinge a maior parcela do público?
Qual segunda opção acrescenta mais pessoas, com a menor sobreposição em relação à primeira?
Esse raciocínio pode ser feito de forma lógica, mas em muitos casos exige questionários específicos com consumidores. O exemplo mais clássico do TURF é usado para decisão de sabores. O questionário é direto:
“Quais destas opções você consome/consumiria? (Marque todas que se aplicam)”
☑ Sabor A
☑ Sabor B
☑ Sabor C
O mesmo raciocínio vale para decisões estratégicas de marketing. No exemplo que comentamos acima, das redes sociais, você poderia perguntar:
“Quais destas plataformas você utiliza para acompanhar conteúdos sobre este produto?”
☑ Instagram
☑ TikTok
☑ Facebook
☑ Reddit
☑ Roblox
Com os resultados em mãos, uma análise TURF mostra quais combinações de canais oferecem o maior alcance.
Mas e quando as combinações empatam? Mesmo com o TURF, podem surgir empates entre combinações de escolhas. Para isso, um artigo acadêmico (LIPOVETSKY; CONKLIN, 1998) sugere o uso do Shapley Value, uma métrica complementar que atribui valor incremental a cada opção dentro de todas as combinações possíveis.
E para simplificar a vida: sim, nós criamos uma ferramenta que permite rodar esse tipo de análise para seus projetos de marketing.

Bônus #M15 - Análise de TURF + Shapley
Faça o questionário com seu público e insira na ferramenta para análises automáticas.
BIBLIOGRAFIA DESTE ARTIGO
SERRA, Daniel. A new model for designing a product line using TURF analysis. Department of Economics and Business, Universitat Pompeu Fabra (UPF).
LIPOVETSKY, Stan; CONKLIN, Michael. Modern Marketing Research Combinatorial Computations: Shapley Value versus TURF tools. International S-PLUS User Conference, Washington, DC, 1998.
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